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Quatro em cada dez consumidores classificam sua vida financeira como ruim, diz SPC Brasil

Quatro em cada dez consumidores classificam sua vida financeira como ruim, diz SPC Brasil

Quatro em cada dez consumidores classificam sua vida financeira como ruim, diz SPC Brasil

Quatro em cada dez consumidores classificam sua vida financeira como ruim, mostra indicador de confiança do SPC Brasil e CNDL

Orçamento apertado, desemprego e atraso no pagamento de contas são os principais motivos. 47% afirmam ter pelo menos um desempregado em casa. Apesar de avaliarem a situação atual como ruim, consumidores demonstram confiança com a vida financeira no futuro

A queda da atividade econômica e o alto índice de desemprego influenciam diretamente na vida e confiança dos brasileiros, de acordo com o Indicador de Confiança do Consumidor (ICC) medido pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil e pela Confederação Nacional dos Dirigentes Lojistas (CNDL). O cálculo mensal é baseado em avaliações do consumidor acerca da economia e da própria vida financeira, quanto ao momento atual e expectativas para os próximos seis meses. Numa escala de zero a 100 foram registrados 41,4 pontos em fevereiro de 2017, índice abaixo do nível neutro de 50 pontos, refletindo a má avaliação da economia. O resultado é pouco diferente dos 41,9 pontos registrados em janeiro.

O subindicador de Percepção do Cenário Atual, que compõe o Indicador de Confiança, registrou 29,7 pontos em fevereiro de 2017, sendo que a avaliação da vida financeira ficou em 39,8 pontos. Já a avaliação da situação econômica atual registrou 19,5 pontos. Em termos percentuais, quatro em cada dez consumidores (42%) classificam a própria vida financeira como ruim ou muito ruim. Os que a consideram regular somaram 41%, enquanto 15% a consideram boa ou muito boa. Os principais motivos para a avaliação negativa são orçamento apertado e dificuldades para pagar as contas (33%), desemprego (31%) e atraso no pagamento de dívidas (15%).

Com relação à economia, 82% dos entrevistados acreditam que a situação está ruim ou muito ruim, contra somente 3% que consideram a situação boa ou muito boa. Para 14%, o quadro econômico atual é regular. Entre os que fazem uma avaliação negativa, a maioria relativa (49%) atribui este resultado à corrupção e ao mau uso dos recursos públicos.  Outros 27% creditam ao alto desemprego e 15% disseram que os preços dos produtos aumentaram. “A percepção quase unânime de que a economia vai mal é reflexo de dois anos seguidos de recessão econômica”, afirma a economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti. “Mesmo quem não foi atingido diretamente pela crise tem conhecimento das más notícias do cenário econômico e é por isso que a percepção de deterioração da economia é mais acentuada do que a da vida financeira”, explica.

Indicador de Expectativas mostra leve otimismo; entre os otimistas com a própria vida financeira, maioria tem esperança de conseguir novo emprego, apesar da crise 

Apesar de o momento atual estar sendo visto com desconfiança, o subindicador de expectativas registrou 53,1 pontos em fevereiro, pouco menor dos 54,2 pontos registrados em janeiro. O que contribuiu com o dado levemente acima do nível neutro foram as perspectivas sobre a própria vida financeira, que marcaram 61,9 pontos. Quando se trata da economia em geral, o indicador marcou 44,3 pontos, mostrando que os consumidores estão um pouco pessimistas.

A maioria relativa (39%) diz não estar nem otimista nem pessimista com o futuro da economia. Os pessimistas são 37% e os otimistas 21%. Entre os que estão pessimistas, o principal motivo apontado é a corrupção, incompetência dos governantes e impunidade dos políticos (49%), seguido daqueles que acreditam que o desemprego segue aumentando (25%) e os que imaginam que a inflação não será controlada e continuará subindo (8%).

Entre os otimistas, a maior parte (40%) não sabe o porquê confiar que a economia vai melhorar, 21% acreditam que a pior parte já passou e 11% concordam com as medidas econômicas que estão sendo adotadas.

Com relação às expectativas para a própria vida financeira, a maioria absoluta (56%) está otimista. Outros 26% não estão nem pessimistas nem otimistas e 14% estão pessimistas quando se trata do futuro. Entre os otimistas, o principal motivo é acreditar em arrumar novo emprego ou receber uma promoção (31%), seguido daqueles que não sabem explicar a razão do otimismo (29%), 12% que apostam em uma melhora da economia e 10% que garantem estar fazendo boa gestão das finanças pessoais.

Já entre os pessimistas, os principais motivos apontados são: descrença na melhora da economia (27%), situação financeira atual estar muito ruim (20%), preço das coisas continua aumentando (19%) e medo do desemprego (11%).

Custo de vida é o que mais pesa na vida da maioria; 47% afirmam ter pelo menos um desempregado em casa

O indicador também revelou que o mau momento da economia reflete-se de várias maneiras na vida dos brasileiros. O que mais tem pesado, no entanto, é o custo de vida, mencionado por 53% dos entrevistados — isso ocorre devido ao recuo da inflação nos últimos meses. O desemprego, que atinge quase 13 milhões de pessoas – segundo dados do IBGE -, foi mencionado por 21% dos entrevistados, o endividamento por 11% e a queda da renda por 10%. Somente 4% disseram que nada pesa no orçamento familiar. Ainda de acordo com o indicador, 47% dos entrevistados afirmam ter pelo menos um desempregado em casa, sendo que 21% moram com pelo menos duas pessoas nessa condição.

“O desemprego é um dos efeitos sociais mais sensíveis da crise econômica. Impacta diretamente na confiança dos consumidores e, portanto, no consumo”, avalia Marcela Kawauti.

Na opinião dos entrevistados, o que contribui para o alto custo de vida é principalmente o aumento nos preços do supermercado (64%), aumento na conta de luz (58%) e na telefonia 38%.

Fonte: www.spcbrasil.org.br

O CobOnLine tem contribuído para que os consumidores regularizem sua vida financeira auxiliando na renegociação de débitos no comércio.

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